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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Estamos ocupados

Hoje a redação do ODZ está ocupada com assuntos mais sérios que esse lixão que chamamos de blog, to tentando até agora descobrir se a luz da geladeira fica acessa ou apagada quando fechamos a porta.

Por isso trago a vocês esse site, nesse site você pode transformar seus desenhos toscos em arte pra vender na praia e viver das coisas que a natureza dá, então como vocês são muito imaginativos e tem tempo de sobra pra praticar a Zoeyra™, deixo livre a área de comentários para vocês soltarem a imaginação deturpada de vocês. O desenho mais votado será capa da próxima matéria do ODZ (a não ser que seja uma piroca, ai será encaminhado diretamente ao setor do Legolas).

Não é lindo?

Divirtam-se

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Não dá mais


Apesar de ser um símio, gosto de me manter bem informado do que acontece do mundo, principalmente na área de tecnologia, pois eis que um site me promete "tecnologia para pessoas", achava que o subtítulo do site condizia com seu conteúdo...

Ledo engano. Ao abrir o referido site me deparo com cobre derretido sendo jogado em cima de objetos aleatórios, aí penso eu: "deve ser uma forma de descontrair os leitores para assuntos mais triviais", e me engano novamente, não é de hoje que a qualidade de tal site vem decaindo cada dia mais.

Cobre derretido Vs A Frondosa Fruta de Jobs™

É como dizem por aí: "a voz do povo é a voz de deus", e vejo naquela seção de comentários, comediantes comentaristas novos e de "velha guarda" pedindo aos editores mais notícias de tecnologia e menos "e isso é ótimo". A questão que surge no meu cérebro de babuíno é cadê o feedback dos "criadores" de conteúdo do site? Tá certo que a sessão de comentário as vezes vira uma zona, mas custa ouvir um pouco o público que acessa o site? Quando a notícia é séria e interessante é difícil ver comentários zoando, sempre tem um ou outro o que é comum nessa rede de computadores desse mundão de meu deus, mas 90% dos comentários são sérios e pertinentes a matéria.

Perguntas sérias, eu acho que vão ir empurrando com a barriga e muito cobre derretido mesmo.

Nosso querido Eric Mac Nuggets fez a pouco tempo uma análise aprofundada do que poderia estar acontecendo naquelas terras, sabemos que a maioria do pessoal que comenta lá, só vai lá para comentar, muitas vezes acaba nem lendo a matéria e pulam direto para parte "divertida", que é a sessão de comentários, o que pra mim é a única coisa que vale a pena ver por lá, se eu quiser me informar não passo mais primeiro no Gizmodo, passo antes em diversos outros sites, lá eu só vou pra rir mesmo.

Fui pra rir e acabei quase chorando com esses comentários, saudades Gizmodo Raiz

Já passamos por diversas "eras" daquele site, já passamos por ditaduras e continuamos acessando na esperança de aparecer algum conteúdo substancial que agregue valor a nossas vidas, e com o que nos deparamos? Com mais cobre derretido, logo na virada de gestão do site acreditamos que ele tomaria um novo rumo, que veríamos novamente a glória daquele que já foi um site de tecnologia para pessoas mas agora já não passa mais de um site de "tecnologia" com outro site dentro.

Apenas quis compartilhar de minha desilusão com vocês. 

Anubis Heleno Cardoso.

 

ADENDO:

 


Uma matéria foi-me pega de soslaio hoje, apesar de não mais freqüentar tal pardieiro (com aqueles horríveis fakes questionando sobre o IMC de minha genitora), algo regular e trivial como alguma postagem sobre o famigerado serviço Uber fora extirpado de comentários alheios por algum motivo provavelmente pífio.

Não vi nada demais no conteúdo do texto, nada que ameaçasse a integridade jurídica do site por algum cidadão livre comentar sobre o assunto. Eis que o famigerado e já sem credibilidade alguma aqui em terras tupiniquins resolve "fechar a área de comentários".

A edição americana, apesar de vendida até seu cerne, manteve os comentários em sua versão da matéria.

Que medo é esse? Seria o medo até que racional da Facebookização Banânia com comentários de baixo calão, sexistas ou que discordassem de alguma grande empresa? Creio que seja medo de ser processados por causa de opiniões que ferissem a frágil imagem que potencialmente teria tal empresa estaria passando.

Mais uma vez a falta de opinião (e de bolas, quase que literalmente) prejudica a qualidade da informação. Não poderia discordar (no caso da matéria lá publicada) da acusadora em algum momento? Seria sempre uma mulher acusadora correta em suas ações? Acho válido esse tipo de Debate Intenso (quem viu, viu) onde opiniões digladiam de uma forma construtiva.

Mas o medo....

Ah, o medo de descobrirem que não são um veículo que abre mentes e expandem horizontes, que até seus sites-irmãos possuem mais opinião (apesar de muitas vezes achá-las absurdas). Aquilo está morto e vendido.... pendurem placas de contato de chaveiros e colem cartazes de circo.... é apenas uma parede. De vez em quando alguma parte dessa parede aparece e lemos entre cola velha e papel rasgado sensatez e coesão.

Chega de ser esculachado e ter minha inteligência desafiada por sandices e censura. De cagão, já basta o Molusco de Nove Dedos™.





DESAFIO obter uma resposta honesta AQUI NO ODZ sobre essa falta de bagos do G1zmodo.



Eric Mac Fadden




sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Dia D



A manhã está chuvosa e fria na Normandia.
Meus companheiros estão em silêncio aguardando nervosos a chegada à costa. Estão passando um café ralo em meio às filas dentro do barco, as canecas surgindo em meio à fumaça de alguns cigarros que digladiam com a baixa temperatura.

Escutamos ao longe um aviso quase inaudível mas que todos sabem o que é: chegamos ao nosso destino. Ajeito minha Garand e quase enfio a baioneta no colega da frente. Deve ser o nervosismo, afinal, todos estamos com o coração saindo pela boca por causa da batalha que está por vir.
A água irrompe pelas comportas e alerta as duas filas apinhadas de garotos (garotos meus deus) que em sua maioria, não voltará para casa. A vista começa a acostumar com a luminosidade da manhã que nascera e então meus batimentos aumentam enquanto tateio em pleno ar, com água acima dos joelhos, e sigo as vozes de comando dos pelotões à terra firme. Chegamos.



Quando em solo firme, corremos em direção à barricadas de madeira dispostas aleatoriamente na praia, pois na neblina avistávamos os Panzer alemães com estranhos símbolos. "Estamos combatendo os nazistas errados?", disse o franzino novato que mal havia saído do ventre materno, limpando os grossos e embaçados óculos de aro negro, que lhe dava um ar ainda mais frágil, como um vaso à beira de uma mesa.

Projéteis começavam a surgir e zunir à nossa volta e as ruidosas máquinas germânicas pareciam gritar em uma língua obscura palavras de ordem para matar nossas almas, vi muitos em pânico caindo, porém, vi muito mais avançando. Estávamos os surpreendendo.




Junto à ofensiva, avisto os Sherman surgindo da água para auxiliar as tropas em terra, os Messerschidtt caíam como moscas. Arame e corpos de aliados misturados pela praia começavam a se transformar em nazistas e terra conforme avançávamos aos enormes paredões franceses.

Em um lampejo, uma enorme explosão vindoura de um bunker enche o local com fumaça e detritos, temporariamente nos cegando. Os alemães estão reagindo perigosamente, e olho a minha volta vários cadáveres estirados preguiçosamente enquanto a fumaça baixa. Estou só ali.

Avisto a abertura no bunker por onde uma provável bomba vinda de um avião entrara e sigo o mesmo destino, só que sem sua destrutiva índole. Ainda há energia correndo por suas moribundas veias, alimentando as já vacilantes lâmpadas nas paredes. Uma mesa com mapas e munição espalhada, caixas de madeira e uma garrafa de vinho pela metade observam inanimadamente o assustado soldado que ainda não havia largado seu rifle - sua provável única maneira de escapar do inferno que se achava.




Os sons de tiros, baterias antiaéreas e o roncar dos aviões ressoavam com propriedade nas grossas paredes de concreto do bunker nazista. Uma abertura feita à golpes de picareta chamara minha atenção e lá fui investigar. Um túnel escavado pela parede da estrutura - estranho lugar pra se fazê-lo -, porém muni-me de acovardada coragem e segui o túnel e suas piscantes e esparsas luzes até uma caverna enorme, onde a trilha sonora do combate praticamente não era escutada, apenas os estrondos mais fortes de explosões - "Espero que sejamos nós a provocá-las", pensei em um sussurro - e na parede oposta algo me chama a atenção de soslaio: uma enorme tocha e uma inscrição borrada por lama.

Naquele lado da caverna não havia ruído algum, parecia que fui transportado para outro lugar, distante da batalha. Mesmo com a iluminação da grande tocha não pude identificar o que havia escrito, então pus-me a virar meu cantil na sinuosa parede e lavei a lama que parecia ter sido aplicada por alguém em desespero. Algo revela-se e minha mente não consegue suportar a primeiro choque.

Uma inimaginável sensação de horror toma meu ser, porém logo percebo que aquilo poderia ser a vantagem aliada - talvez suficiente o bastante para vencermos a guerra.
Corri o caminho de volta ignorando quaisquer perigos que ficavam às minhas costas, arfava com a palavra "venceremos" muda em minha boca e ansioso para contar o que havia encontrado para alguém no comando. a volta para um dos barcos se tornara uma missão talvez mais difícil do que a própria guerra inteira - ao menos para mim naquela hora - e finalmente chego a uma das embarcações onde o comando tático estava. Sou levado por um soldado que me escorava em seu ombro até uma sala pequena, com uma enorme mesa, inúmeros mapas e alfinetes mil espetados, e charutos. Havia apenas um comandante lá - algo que achei estranho - mas que ouvira o que tinha a dizer com um entusiasmo assombroso.





O bunker e sua revelada entrada encontrava-se em um impecável breu em sua segunda sala, mesma tendo a primária invadida pela luz do sol - aquém do dia nubladíssimo - que parecia nos guiar até lá. Adentramos os recônditos do túnel que agora jazia morto e suspirava a cada relance das lanternas dos três soldados em suas paredes que pareciam fechar quanto mais avançávamos.
A adrenalina havia passado e sentia um frio avassalador na caverna. Frio e úmido demais. A chama da tocha cambaleava, apenas nos aguardando para partir. Os soldados avistaram a inscrição e sorriam animados e se entreolhando, o comandante tira seu  quepe e limpa algumas lágrimas que lhe turvavam a visão e recoloca cobertura com os olhos brilhando de esperança.

- Sim soldados! Hoje é o dia que poremos um fim nesses nazistas imundos! Venceremos hoje!

Acompanho de olhos muito abertos - como um cão prestes a receber uma recompensa - e lembro que assim que entrei pela segunda vez no bunker avistara uma câmera fotográfica. Me esgueirei no obscuro túnel de volta e repeti a manobra com a câmera em mãos. Pedi que iluminassem a parede da inscrição o melhor possível, porém as lanternas já estavam com apenas lascivas chamas, e que precisaríamos voltar logo para a luza antes que se apagassem, mas o momento havia de ser registrado para a posteridade - e para toda a humanidade - com o intuito de provar que aquela inscrição realmente fez mudar o mundo.



 
Já dei a dica de leve, sabem o que fazer. Por todo lugar e sem vergonha  de mostrar que fazemos parte de algo maior, e que lutamos por isso.

Feliz Y-Day atrasado! Que foi dia 28 de janeiro...

E sua origem.