segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Coma merda.


Hoje o ODZ vai trazer uma receita sensacional para você se deliciar, se lambuzar, se maravilhar, se regozijar em jubilo, e não, não estou falando de 2Girls1Cup.

Em clima de final de ano vamos dar umas dicas para as festas que estão por vir, aquelas maravilhosas festas onde todo mundo se reúne pra encher a boca de peru(  ( ͡° ͜ʖ ͡°)  ), é época de ganhar presentes que você não vai gostar e de gastar dinheiro com os infames "amigos" secretos. E normalmente é assim que costuma acabar as reuniões de fim de ano:



O emoji já foi eleito a "palavra" do ânus e agora esta prestes a invadir a sua cozinha, quem sabe você não resolve fazer essa maravilhosa receita para as festas de fim de ano e ainda por cima evitar o Seu Tio™ mala fazer a infame piada do "Pavê".

Phyno™


Rossana Pansino dona do canal Nerdy Nummies ensina a fazer um delicioso cookie de merengue em forma de emoji de merda. Assista:



Já imaginou você levar esses docinhos e ver a Sua Mãe™ comendo merda, não é maravilhoso?

...mais tarde hoje....




....sai um post....


...e isso resume meu final-de-semana: (estou na janela)



Nosso sentimento ao comentar algo na Internet:


sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Resumo da Zoeyra 027




Já faz mais de uma semana que o MalcriadoRJ sumiu e ninguém sente falta. Aposto que se sumíssemos, o cadáver estaria no chão da sala e a vida iria seguindo normalmente.



- Estariam as propagandas substituindo o conteúdo nas Interwebs? Os anúncios estão começando a ficar tão inteligentes que tomariam vida?
Confira a matéria aqui )

- Campinas é uma cidade muito alegre e jovial engraçada, se não fosse triste por causa de uns e outros...
Confira a matéria aqui )

- Arte hoje é enfiar gelo no rabo. Sem mais.
Confira a matéria aqui )







Essa semana tá um cu!


 

Saxon - Wheels of Steel

 

Journey - Separate Ways (Worlds Apart)

 

Queen - Sheer Heart Attack

 

Racer X - Street Lethal (Full Album)

 

David Lee Roth - Just a Gigolo

 

Jessica Jones




Eis uma análise que um colaborador fez do seriado que anda deveras mais interessante e profundo do que qualquer filme dos Vingadores: Jessica Jones.




Primeiramente gostaria de dizer que faz muitos anos que não leio quadrinhos mensais, como X-Men, Vingadores, etc. Desde que li Watchmen, tenho dado preferência a quadrinhos mais adultos. Jessica Jones, apesar de ter essa pegada mais adulta, foi uma revista que não acompanhei e nem sabia da existência da personagem até ela aparecer no Netflix, ou seja, embarquei na história da série como marinheiro de primeira viagem, sem ter como comparar com a história exibida nos quadrinhos.
Eu estava realmente empolgado para assistir essa série, já que achei Demolidor muito bom e acredito que a parceria Marvel/Netflix irá realizar o sonhos de muitos nerds por aí. 
 
 
A critério de evitar spoilers, falarei apenas do primeiro episódio e alguns poucos detalhes aqui nesta análise, além de mostrar as influências da série. Neste primeiro episódio somos apresentados à Jessica Jones, uma detetive particular com superforça, decadente, viciada em bebidas alcoólicas e cheia de neuras por causa de seu passado obscuro. Pouco a pouco vamos descobrindo que neste passado, eventualmente ela se envolveu com um homem chamado Kilgrave, que possui a habilidade de controlar a mente das pessoas.
Aparentemente, ele utilizava esta habilidade para controlar Jessica e fazer com que ela cometesse atos contra sua vontade, deixando-a traumatizada, mas o motivo exato do trauma não fica muito claro no primeiro episódio e vai se desenvolvendo ao longo da série.

Faz pudim.
Posso adiantar que Kilgrave é o personagem que movimenta a série, sendo um vilão envolvente, com várias camadas e em alguns momentos você vai até começar a entendê-lo. Não é o tipo de vilão cartesiano cujo propósito é apenas dominar o mundo, não meus caros, Kilgrave é o que é pelo simples fato de ser quem é.
Acompanhando a série, entende-se que ele possui muitos tons cinzentos e que sua maldade é uma conseqüência de seu poder, ou seja, ele é um prisioneiro de si mesmo e acaba agindo ao seu favor pelo simples fato de ter poder para tal. Sendo assim, o ator David Tennant merece uma menção honrosa aqui no texto, por conseguir expressar essa dualidade no personagem sem ser afetado demais.
 
Arrogante engomadinho.
 
Krysten Ritter também está ok atuando como Jessica Jones, mas acho a atuação dela meio apagada. Talvez isso ocorra por ser a primeira vez que ela atua como personagem principal de uma história, já que em outras atuações ela era personagem secundária e é impossível não lembrar dela como a namorada de Jesse Pinkman em Breaking Bad. A moça tem potencial e convence em mostrar as neuroses e manias de Jessica, mas tem algumas vezes que sua expressão facial fica vazia, aquela carinha de paisagem típica de modelos em propaganda. Uma direção melhor resolveria isso fácil, mas uma série possui muitos diretores diferentes, que trabalham em episódios específicos, o que acaba dando resultados variáveis para o todo da obra.
 
Po-po-poker face...
 
As cores utilizadas em cena também são bem interessantes, principalmente o roxo, o violeta e toda a paleta de mistura entre azul e vermelho. Dessa maneira, você sempre sabe que Kilgrave vai entrar em cena quando algum detalhe dessas cores aparece em primeiro plano. Seja um carrinho, uma parede ou até mesmo uma mudança de filtro no cena inteira, se o roxo ou violeta aparecer, pode ter certeza que o vilão vai dar o ar de sua graça em algum momento. Isso é divertido no começo, mas depois vai ficando óbvio demais.
 
Purple Rain, purple raiiin....
 
Outra coisa legal é ver como outros personagens da Marvel são inseridos na história, algumas vezes como meras conversas no meio da rua, outras vezes aparecendo de fato na trama.
É muito bacana também como eles inseriram o Luke Cage no universo Marvel das série, já que ele terá série própria num futuro próximo. Isso mostra o quanto a Marvel está pensando na longevidade tanto das séries, quanto dos filmes no cinema, inclusive transitando ideias entre os dois formatos.
 
Isso parece que está dando mais certo na Netflix do que na série "Agentes da S.H.I.E.L.D.", onde informações sobre outros personagens da Marvel parecem estar ali apenas para alimentar futuros filmes, deixando tudo meio forçado, fora a fórmula do caso da semana, que na minha opinião é péssima.
 
 
No geral, achei Jessica Jones bacana, mas algo ali me incomodava, uma sensação de que já havia visto aquela história antes, muito em parte pelas referências da literatura noir. Ou seja, temos uma detetive fracassada (check), antissocial (check), vivendo em local decadente (check), adepta de uma vida regada à álcool (check) e que quase nunca ganha dinheiro e quando consegue, o recusa ou o gasta em algo supérfluo (check).
Isso me fez lembrar muito de um outro detetive chamado Philip Marlowe, criado por Raymond Chandler no auge da literatura noir e das pulp fictions.
 
 

Philip é um detetive canastrão de primeira linha e só se envolve com os tipos mais estranhos da sociedade. Também vive à beira do fracasso e nunca ganha dinheiro o suficiente para pagar as contas. A literatura noir era cheia de personagens durões, mulheres fatais, lugares sujos e um código de conduta moral muito duvidoso por parte dos personagens.
 
Caso vocês tenham visto ou lido Sin City do Frank Miller, terão uma noção de como é a ambientação desse tipo de história. Em Jessica Jones vemos muito desses elementos, há pouca criatividade com relação a isso e posso apostar que se outra obra de detetive surgir nas telas nos próximos anos, terá esses mesmos elementos como fórmula. Claro que seguir o arroz com feijão facilita o trabalho de colocar um produto novo para o público, mas ousar de vez em quando não faz mal nenhum.
 
 
 
 
Isso me faz lembrar de como Batman conseguiu utilizar esses mesmos recursos Noir e mesmo assim ter alguns pontos muito criativos. Sim temos um detetive antissocial, playboy enquanto Bruce Wayne, vivendo em uma cidade decadente e convivendo com a escória da sociedade. A diferença aqui está nos detalhes, já que Bruce Wayne nunca deixa de ser o Batman, mesmo em eventos sociais ele busca pistas de seus inimigos e acaba utilizando recursos da Wayne Enterprises para alimentar o arsenal de seu alter ego.
 
Isso seria um grande erro na vida real, já que a lição número um do bom empreendedor é saber diferenciar o dinheiro da empresa do dinheiro pessoal, Eike Batista está aí e não me deixa mentir. Outro detalhe é que no caso do Batman, quase todos seus inimigos só existem em função dele, como é o caso do Coringa.
Sem um, não haveria o outro e essa relação quase fraternal (de uma maneira bem sórdida) faz das histórias do Batman conversarem com o estilo noir, mas de uma maneira única e interessante.
 
 
 

Por outra vez, esse relacionamento entre protagonista e antagonista que vivem um pelo outro me lembram mais um outro detetive chamado Sherlock Holmes. Mais uma vez aqui temos um antissocial, usuário de psicotrópicos, que convive com a nata da malandragem e que tem como antagonista o Moriarty.
Um praticamente vivia pelo outro, sendo que o vilão era o único capaz de desafiar a genialidade de Sherlock. Isso o frustrava, mas ao mesmo tempo o incentivava a ser cada vez mais sagaz, tornando o relacionamento quase que uma diversão nessa perseguição eterna de gato e rato.
 
 

Sendo assim, vejam como os elementos Noir influenciaram a criação de Jéssica Jones e como o relacionamento de existência antagonista-protagonista encaixam bem aqui. Jessica não vive sem Kilgrave e vice versa.
 
Como primeira temporada, essa relação deu muito certo pelo vilão ser sensacional, mas a fórmula é muito parecida inclusive com a série do Demolidor e seu embate contra o Rei do Crime. Espero muitas surpresas para as próximas temporadas de ambas as séries, com surgimento de mais vilões e mais heróis. Se continuar apenas nessa fórmula antagonista-protagonista, creio que muito em breve abandonarei as séries de heróis assim como fiz com os quadrinhos.
 
Tender



quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Assunto aleatório qualquer....




"Existe uma ganância latente no ser humano, principalmente em pessoas de origem mais humilde.
O que dissertarei agora será uma análise comportamental vista inclusive em outros animais (aqueles, sem alma, sabe?).


Quando há alguma deficiência de natureza alimentar, de conforto ou quaisquer outra necessidade, assim que avistada a solução para o problema o animal (humanos inclusos) se joga para tal e consome o recurso com voracidade e desespero.

Uma pessoa que passou por uma época extensa em seu desenvolvimento intelectual, de caráter e de identidade em carência de recursos, quando os obtêm (em sua grande maioria) os protegem como um animal que encontra após muito tempo um alimento.
É gerada uma ganância exacerbada (como as pessoas idosas que ainda guardam dinheiro no colchão), um protecionismo extremo aos bens que consegue.

E é o sonho de muita gente que não teve nada na vida.

Os evangélicos prometem algo assim no quesito espiritual, mas é no assunto dinheiro que vêm a maior vantagem. Pessoas de origem simples, muitas vezes com baixa auto estima, são extremamente sugestíveis à essas doutrinas, pois prometem MUITO mais do que poderiam imagina, de uma maneira simples e com a contribuição do próprio frequentador desses cultos.



É muito claro do que essas pessoas estão atrás: dinheiro e consolo.





CONFORTO, eu quis dizer, conforto....

Querem o caminho mais fácil (isso é da natureza humana), e que se for pra pagar pra obter o que deseja, disfarçado de dízimo (que já teve um sentido mais filantrópico, algum dia, não sei). A lenda contada junto é apenas algo imaterial que ilude a pessoa e que nunca alcançará, eternizando sua dívida (financeira e de "pecador).

Volto a reforçar: é algo totalmente particular, em qualquer coisa, idéia ou objeto que for.
Religião é um conjunto de regras pra serem obedecidas cegamente prometendo melhoras, sendo que falsamente bradam que aquilo seria a fé em sim.
Igrejas são instituições de pessoas que comandam a religião, algo 100% humano e baseado na idéia de controle e organização de uma massa.

Por isso que existem tantos religiosos e principalmente evangélicos pobres.

Não prego o ateísmo, pois se o fizesse consideraria religião, que é algo do qual sou contra em todas suas vertentes.
Foi a primeira manifestação dos "fanboys"."




Essa foi uma das respostas a um vídeo dum idiota que nem quero citar aqui, pois não vale a pena dar views pro imbecil. Apenas porque gostei do texto e pode ser que achem o assunto "debatível".
Longe de mim querer insultar os pobres coitados e seus credos, mas quis criar um atrito aqui e ver quais as opiniões de vocês.



quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Arte de cu é rola.

Depois do sucesso de "macaquinhos", aquela peça teatral linda e maravilhosa onde os artistas enfiam o dedo na cloaca do outro, preparem-se pois vem mais coisa boa por ai.

Os artistas Thiago Camacho e Matheus Fernando Felix anunciaram duas peças teatrais lyndas™, a "Frieza" e a "Tomar no Cu", as apresentações acontecerão nessa quarta feira, 25 de novembro a partir das 18h no Instituto de Artes da UNESP.

E que se abram as cortinas...


Na performance "Frieza" os atores inserem cubos de gelo no seus próprios ânus, isso tudo para representar o quanto as pessoas são frias umas com as outras. É uma peça pra levar a família inteira pra curtir, imagine a cara da Sua Vó™ ao ver os atores enfiando gelo no cu.

Sua Mãe™ também quer participar da peça.


Já na outra peça intitulada "Tomar no Cu", os atores enfiam uma FODENDO garrafa de vinho no cu. Isso mesmo, uma chuca de gente RYCAAA! Você bichinha pão com ovo que faz chuca com água não conhece as maravilhas e benefícios de se fazer com vinho, de preferência um Shiraz australiano com um visual rubi intenso e sabor de frutas vermelhas com taninos macios e aveludados. Retrogosto forte de presença marcante.

Um visual marrom intenso, com um leve aroma de bosta e milho e um retrogosto beeeeem profundo.


Se agora arte é enfiar coisas no reto conheço diversos artistas que nem sabem que fazem arte  ( ͡° ͜ʖ ͡°), acredito que nem quem curte amor retrofuricular veria essa esbórnia. Caso queiram ver as imagens sem censura, clique aqui, eu sugiro que  não clique.

Campinas, a Hollywood brasileira




Como era de se imaginar, Campinas é além de uma cidade muito colorida, muito caipira. Agora me vêm com essa...


Foi dada entrada (em Campinas) na Câmara um novo projeto de lei de fazer cosplay de Hollywood mas com o wood grande e colocar uma letreiro imitando o da capital mundial do cinema.
O vereador Jota Silva, já conhecido por aí como autor da proposta do "Dia do Gol da Alemanha", regurgita uma pérola dessas, afirmando que irá projetar a imagem da cidade.



Um dos pontos destacados pelo vereador, é que como uma cidade penetrada cortada por várias rodovias importantes e não possui um portal, não tem reconhecimento turístico (sério, não tem nada aqui, não venham). "Letreiros são informativos", ainda afirma.
 
Informativas, sei....... não, pera...

O mesmo político também propôs a "Lei que proíbe tatuar o branco dos olhos", não quer colocar apenas uma placa com o nome da cidade, mas sim com uma Lymda™ frase:



É muito clara a preocupação com os hospitais públicos, as escolas e mesmo a reforma lazarenta na principal avenida do Centro (que matou uma mulher de desgosto). Agora a cidade terá mais um motivo para ser lembrada:

"A terra onde Carlos Gomes gay não pode tatuar o branco dos olhos ou jogar contra a Alemanha na Avenida Francisco Glicério".



Mais tarde tem post



Não os abandonei, só fui ali fazer um negócio e já volto




Já volto... cof.. cof....


terça-feira, 24 de novembro de 2015

Eu gosto mais de Star Trek





Pra quebrar essa onde morfética de "Star Wars isso", "Star Wars comeu Sua Mãe™", "Star Wars o meu pau de óculos", lhes apresento uma brincadeira séria do Oráculo™.



Isso mesmo, o fodendo Intercomunicador do Star Trek!
Claro que ele serve apenas ao propósito maligno de conquistar a Terra para fazer pesquisas.... no Google. A pergunta é feita tocando no broche, e via bluetooth faz a pesquisa no espertophone e lhe retorna com a resposta via um alto falante no dispositivo.


Infelizmente o projeto fora abandonado pelo Google. MAS isso não era nenhuma novidade!
Um fracassado projeto de 2012 no Indiegogo já tinha a premissa, e melhor! Devido ao direcionamento apenas para o utilizador, as resposta era audível apenas para o mesmo, algo que o Oráculo™ não havia previsto. (diz isso na página, mas não entendi como funciona)



Quem sabe não retomam o projeto?


Sonhar não machuca ninguém.

Mas, quem sabe um dia tornarão o desejo de milhares de nerds gordos tetudos e espinhudos uma realidade? Algo para sair na rua e se orgulhar, vangloriar-se ante os colegas e até mesmo aos humanos comuns?
Objeto com múltiplas utilidades e com design de fácil utilização, ergonômico nos mínimos detalhes e que satisfaça todos os anseios de um tripulante da Enterprise.

Porra, é claro que eu tava falando da Leia escrava....

Não era óbvio demais?




segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Domingo, 22 de Março de 1987




Satanás me ligou, perguntou se eu queria chutar uns cristãos. Disse que sim e no caminho encontramos Pazuzu, que tava de bobeira.


Fomos em direção ao Templo, pra chapuletar uns otários e lambê-los com fogo, quando uma viatura da Polícia Judaica surge, saindo dezesseis (!!!) rabinos munidos do Torá.
Com ódio no olhar fomos à batalha. Conseguimos sem muito esforço, distraí-los com uma nota de dez Reais e os decapitamos. Fumamos muita cocaína em cima de seus corpos e continuamos a jornada.

They keep rollin`
 
Chegando na frente da Matriz de Santa Fé, avistamos a missa sendo realizada. Sacamos nossas metralhadoras-crucifixos e abrimos fogo indiscriminadamente. Foi cachorro, criança, velha e ex-Menudo, um massacre lymdo e completo.

Marshmellows não faltaram...

Mas havia esquecido de vedar o lança-chamas de Pazuzu, sendo que o mesmo explodiu ao meu lado, despedaçando-o. Sorte que entre nós, surge Cthulhu, que amortece a explosão. Rimos muito e tomamos sorvete na praça.




Não, não uso drogas.



O anúncio-vivo





Ferrenho defensor dos bloqueadores de anúncios, me surpreendi com todos um episódio de South Park (S19E08), do qual darei um spoiler para desenvolver o assunto.


Sempre odiei propaganda. Desde anúncios na TV a banners na Internet. Eis que pelo advento dos bloqueadores este fardo fora um pouco aliviado. Mas até nesses softwares descobrimos que existem brechas e anúncios "permitidos" (pagando, até tatuagem na cara fazem).



Uso três plugins só pra não "correr riscos" de ver alguma propaganda (muitas vezes tenho de habilitar alguns scripts, pois foram bloqueados e realmente são parte do site), mesmo assim esses dias vi propaganda no YouTube. Há anos que não via uma e até já havia esquecido.

Trabalho com propaganda subjetiva e é meu ganha-pão. Parece hipócrita, mas tenho um filtro tão seletivo desde pequeno que raramente assistia televisão, por causa das propagandas. O mesmo aconteceu com o rádio (e completa falta de músicas).

Meu alívio é a Internet por ter parado há quase dez anos de ver TV por conta própria, e ter o poder de consumir o que eu quiser e como eu quiser, sem ter de me tornar um consumidor para um produto. Aí que toda essa bloqueação de Ads começou...

Serviços apenas pra me atazanar...

Bem, um dia desses resolvi verificar se o South Park havia começado novamente e agradavelmente me deliciei com um Lymdo Torresmo™ no Kickass....
A temporada começa dizendo que a cidade precisava de um renascimento, um marco, uma mudança. Aí que têm a idéia de pedirem uma loja da Whole Foods (um mercado bem bicha de produtos saudáveis hipsters) por lá.

Não confie num mercado que não vende Coca-Cola. Nunca.

Porém, haviam condições para que instalassem o mercado lá: a cidade tinha de ter um conteúdo e vida cultural ativa. Eis que resolvem transformar o bairro pobre (o envolto da casa do Kenny) em um bairro chique e hipster, cheio de restaurantes badalados, boates e um condomínio no quintal da família, o SodoSopa (South of Downtown South Park).


Nesse meio tempo, além do Mr. Garrison (professor de escola) se tornar uma caricatura impagável do Donald Trump, a escola primária transforma-se num hipócrita poço do politicamente correto nas mãos de um diretor bully de uma fraternidade retardada. Esta mesma que acaba por aceitar alguns personagens conhecidos da cidade, transformando-os em panacas bullies e "corretos".

Já dava pra imaginar quem seria o primeiro a rodar...

Os cidadãos de South Park já estavam consumindo cerveja sem glúten (de outra temporada), agora se deslumbram com uma taça de shiraz em algum "Boteco cheio de hype" pelo efervescente centro cultural da cidade. Os hábitos se padronizam e todos se encontram no Whole Foods, uma afirmação que "a vida está sempre ótima", idêntico ao Facebook.

Uma influência maligna se instala sorrateiramente.

O alcoolismo social. That`s fancy!


Como sempre todos os detalhes, mínimos que sejam, são uma tiração de sarro enorme da sociedade americana atual, e geniais.
No episódio que citei no começo, é explicado que com os bloqueadores de anúncios, a propaganda foi obrigada a cada vez mais se adaptar a quem a vê, utilizando inteligência artificial até ao ápice de ganhar vida própria. Essa será a provável conclusão das mudanças bruscas e afrescalhação sem motivo dos cidadãos.

The Living Ad.
Mas parece que o pior está por vir....

Esse é o ponto que quis chegar. A propaganda sempre mudou os hábitos das pessoas e sempre o fará, mas numa sociedade extremamente consumista onde que o possuir bens vale mais do que ser alguém, o exagero é descarado e é onde as técnicas são mais efetivas, integrando-se à cultura.
Como o exemplo do Superbowl, onde as propagandas parecem ser o ponto alto do um jogo, não o esporte em si.



Realmente voltei a ver propagandas em todos os lugares, às vezes sem sucesso em bloqueá-las. Estariam os softwares de bloqueio se vendendo como fez o AdBlock? A mídia reagindo por causa da liberdade de conteúdo que a Internet nos oferece, transformando novamente milhões de pessoas que começaram a ter hábitos de consumo mais inteligentes pela falta de propaganda.



Claro que não parece justo com quem precisa do dinheiro dos anúncios num site, principalmente para mantê-lo em um bom servidor e pagar seu domínio (fora horas de trabalho, luz, equipamento), mas é minha escolha não fazê-lo, pois é uma ideologia muito pessoal e não vou trair a mim mesmo apoiando a ação.

Não quero ser o produto que Google e cia. nos vê como.